kill the evil

escrever...


Face a face com o amigo


Revendo amigos


Sim, dois mil e treze foi um ano ruim no meu calendário. Passei um arrego doido. Em março tentei o auto-extermínio. Ato desesperado que não penso em fazer de novo. Passei oito dias dentro de um hospital psiquiátrico...
Quando saí fiquei surpreso ao saber que o amor tinha acabado. Eu não vi, ou não quis ver. Fiquei cego.
Soava como uma crônica do absurdo. Parecia que as pessoas falavam grego. Eu não queria entender o que diziam, e por isso além de cego eu fiquei surdo.
O anjo havia aberto o sétimo selo.  O Supremo Criador não aguardou meu arrependimento. 
Ninguém se desculpava pelo desmazelo. Ninguém pedia perdão pela orgia e pelo desregramento. Eu não entendi bem quais eram as regras de um bom comportamento, ou fingia não ter entendido. Foi assim.
Eu não interpretei os índices e sinais do acaso. Eu realmente não contava com isso Eu não previ o abalo sísmico. Tudo estava desmoronando. O meu particular fim-do-mundo.
O término de um relacionamento após uma tentativa de suicídio.
Um cenário insólito, surreal, irreal, bizarro.
Eu não sabia como reagir com o desenrolar dos acontecimentos.
Eu reclamei baixinho. Chorei sozinho no chão do quarto, no tapete atrás da porta. Ouvia Pink Floyd no escuro. Senti-me culpado de ter nascido. Vociferei minha sanha aos quatro ventos e entrei pra dentro de mim mesmo.
Esqueci que o amor foi inventado. Que ele é fogo que arde sem se ver. Um contentamento descontente. É ter com quem nos mata, lealdade.
queria explicar que aquilo foi uma infantilidade. Queria pedir perdão por tudo. Dizer que só queria ser amado. Que eu faria “tudo certo” como 2 e dois são 4. Mas como diz aquela canção do Roberto, de fato 2 e 2 são cinco.

To be continued...          
Vamos ao que interessa. Minha voz é nula. Dois mil e treze foi mais um ano de merda. Depois de tentar me matar nunca mais vi meu amor. Deve ser o castigo por ter desejado a morte. A ansiedade bateu forte no meu peito. Eu que sou um saco cheio de paciência e tolerância, reprimo a pilha de nervos que me assola. A essa hora estou sempre preparado pra desfalecer no leito. Preparo minha cama e aos poucos me ajeito com a tristeza de saber que vou viver mais um “dia da Fuinha”. O medo, o descontrole, o desespero. Nada mais abaixo de zero.

pu.bli.sh.it

O quê que quer eu faça devo agir depressa. São 4 e 42 da madrugada. O que quer que seja me pegou de jeito, mau jeito. uma pequena dor nas costas. Uma energia cruzada que não sei de onde veio. Trato bem as palavras e as pessoas. Delas não espero recompensa. Existe algo na ponta dos dedos. To com delicadeza as teclas. Escrever a Mao me cansa o polegar esquerdo, embora eu goste do desenho da minha letra. Miles não tem pudor de tocar seu trompete. A lua na casa 7, A kind of blue na minha frente. Respiro. Devo respirar, sei que estou vivo. 4 e 57 agora. O 4:44 já passou faz tempo. Como um vento frio da aurora. Respiro fundo novamente. Sinto que o tempo que cruzou ainda cruza. Sei que tenho que escrever depressa, mas ainda não disse nada. Bordando o que não tem importância na ânsia de jogar pra fora. Faço preâmbulos gigantescos e deles acabo e acabo a cabo não dizendo nada. Detesto fazer esses joguetes idiotas. O verbo merece mais respeito. O ruído das teclas delata minha presença. A consciência me afronta, mete medo. Eu nem falei que o Miles tocou round midnight, por que isso não tem menor importância. Eu gosto do tema, conheço as notas, eu nem falei nada até agora. Foda-se o silêncio e passar das horas. Vivo nas horas mortas. E os ratos de esgoto do centro fazem algazarra. Deixamos pra aquelas ratazanas gordas, toda comida que os sustenta.  Pra que situar o leitor das horas que advenho? O dia já nasceu meu medo servidão humana. Sinto não, tenho certeza, a consciência que condena, vem do meu pai na cama. Seu julgo é severo, médico deus.  Quer me meter numa fazenda. Ouvi Stephan Grapelli e Baden Powell, e outra digressão fulera. Samba triste, meditação. Agora o silêncio amanhece falando, os carros, os piados, eu não estou interessado em nada. Desvio de um tapa no espelho. Vale de que vale ser centrado? Não. Ninguém perguntou com eu me senti quando sai do confinamento psiquiátrico e nunca mais vi a mulher que tanto amava. Ainda amo, confesso. Por medo, por meta ou vingança, não descarto, porque caralho ser humano dessa forma? Eu a amo e sinto que ela me ama. Sem saber ao certo o mal que causa. Ser feliz a causa medo um medo in- e eu me fodo corpo geme falta. Existencialismo de merda! E um dia o porquê se levanta, nessa lassidão tingida de medo, eu nuca mais serei o mesmo - iconoclasta de pijama. Passei os dez anos em vão ano passado 12 de dezembro de 2012. Três vezes doze e eu aqui sozinho. Frente? Vamos, ou nada. Hoje fiz contato com uma editora. Lamurias de um viciado. A quem doer, doa. Não me arrependo de quase nada. Marx podia ser o Papai Noel, vermelho puta e uma puta barba. E o que ele fala do amor? Nunca estão a fim de falar nada. Eu teria morrido por ela, meu bem.  Propriedade é roubo, e eu fiquei louco. Não acredite em nada do que digo. Acreditei que sou um mentiroso. E minha alma foi roubada. O ser humano é mau, ela dizia piada mortal psicopata. A alvorada zunzum me atordoa de tédio esperança voadissa, ficou guardada. Não quero mais caixas vazias. Estou afim de mim, de boa, melhor em Dublin do que na praça. Triste dessemelhança. A quem doer doa. Avoa vida, vai... fazendo hora o tempo passa.

Baboom bad moon

Bad News


in Journal Nacionale
Engolidor de facas morre asfixiado ao tentar engolir a si mesmo. As autoridades ainda não sabem informar a origem dos fatos. Apontam a hipótese de que tenha sido coagido, mas não sabem dizer com autoridade "quem é o autor do crime". A outra hipótese indica que tenha sido suicídio, num ato auto-antropofágico e delirante, insano. O corpo do chinês ou indiano, não se sabe, cujo nome ainda não foi identificado, foi encontrado com um joelho e as duas mãos na altura do peito. Os policiais ficaram chocados, “Parecia um boneco”. Antes de o corpo ser recomposto foram feitas radiografias, porém as imagens ainda não foram concedidas. Sempre tão igual, sempre tão conectivo, tão direto.

Francine Albertini diretamente dos subúrbios de Paris
para Colírios Capricho.


É com você Fátima.

Artaud



Ah madrugada feliz!
Como eu te quero!
Como eu te espero!
Ouvi seu grito e vim correndo
Beber a última gota de veneno
que guardaste para seu filho


Ah, Creonte!
vislumbro a divina morte
no horizonte!

Ah como espero seu beijo...

entrevista

Você se referiu ao amor com uma nova categoria "amor inventado”, o que lhe ocorre quando você diz isso?

Lembro da música do Cazuza, mas não é isso apenas.
Certa vez, conversando com o Eduardo Cunha na varanda do edifício Maletta, falávamos sobre música quando ele me disse uma coisa que sempre me lembro e que acho de enorme assertividade.
Ele falou que o cancioneiro popular brasileiro representa nossa filosofia, nosso pensar filosófico de caráter universal, ou seja, serve para todos. Sendo que o Brasil não tem filosofo, eu concordei com ele.
Ele é artista plástico e trabalha no Inhotim – nosso Museu de arte contemporânea.
O cancioneiro popular brasileiro é como o blues man norte americano. Traduz um sentimento particular, geral, universal.
Quanto ao amor inventado, creio que seja mais um conceito criado nessa linha de pensamento, pois, a filosofia é a arte de criar ou fabricar conceitos.


-quais Escritores e Poetas que te inspiram?

Eu tenho um gosto particular pelos marginais. Lembrando que marginal não é estar à margem, mas agregam vários outros conceitos.
Eu comecei gostando dos escritores da geração perdida (lost generation) que foram para Europa quando os Estados Unidos vivia uma época de prosperidade nos anos 1920.
Eu destaco Ernest Hemingway, que descreveu um estado de espírito da lost generation em The Sun also rises.
Os poemas de T.S. Eliot que chegou a negar a cidadania americana pra se naturalizar inglês num ato de rebeldia aristocrática.
O Henry Miller, que também viveu nesse período pós Primeira Grande Guerra.
Eu dou destaque a suas obras Trópico de Câncer, escrita em 1934, Primavera negra, escrito em 1936, no intervalo entre Trópico de Capricórnio que é de 1939. Dou destaque também à sua trilogia Sexus, Nexus, Plexus iniciada em 1949 e finalizada em 1960, quando o escritor já havia se tornado um ícone pop da sua geração. E a sua derradeira obra A Hora dos Assassinos (Um Estudo sobre Rimbaud).
Ele, digamos assim, libertou a imaginação da jovem francesa Anaïs Nin, cujo estilo supera a taxies de Miller ao se revelar de forma tão suave, quase como desvelar um segredo feminil o qual ninguém jamais nunca viu ou teve acesso. Uma mulher fora de seu tempo, faleceu em 1977. Em Delta de Vênus, sua obra prima, ela cria uma tessitura imagética de ideias que vai além da simples pornografia.
Ainda nesse período realço a obra prima de Francis Scott Fitzgerald, The Great Gatsby, que, além de retratar a realidade do seu tempo de abundante prosperidade (até a queda da bolsa de Nova York em 1929) demonstra com detalhes as nuanças do “sonho americano”. Foi o período da chamada lei seca, mas os magnatas que promoviam festas grandiosas regadas a álcool contribuíram com o aumento do crime organizado.
Essa foi minha primeira influência literária. Um tanto americanizada, eu confesso, mas isso se deve ao fato de eu ter concluído o highschool numa escola americana, aqui em Belo Horizonte. Devo isso à minha professora de literatura, Miss Staford.
A segunda fase do meu contato com a literatura foi quando mergulhei na leitura dos autores franceses.
Jean Genet, em Diário de um ladrão me surpreendeu com frases e parágrafos que são pinturas vivas, sinestesia que jamais notei em outro escritor. Apesar de ser, como disse um amigo jornalista Altino Lima Filho, “um passeio pelo código penal”, ao encontrar-se preso na década de 1960, foi retirado da cadeia por um apelo de Jean Coqteau as autoridades, alegando que Jean Genet é um patrimônio nacional
Arthur Rimbaud, que, junto ao litero-filósofo, Friedrich Nietzsche, inaugura uma revolução na língua, não apenas de forma, mas de estilo e ousadia a quem hoje devemos infindável reconhecimento e gratidão, é meu poeta predileto. De Uma temporada no Inferno, se me permite, quero citar:

Antigamente, se bem me lembro, minha vida era um festim no qual todos os
corações exultavam, no qual corriam todos os vinhos.
Uma noite, sentei a Beleza em meus joelhos. - E achei-a amarga. - E injuriei-a.
Armei-me contra a justiça.
Fugi. Ó feiticeiras. ó miséria, ó ódio, a vós é que foi confiado o meu tesouro!

...

Ninguém parte. – Percorramos novamente os caminhos daqui,
carregado de meu vício que aprofundou sua raízes de sofrimento a
meu lado, desde a idade da razão, - que sobe ao céu, me golpeia,
derruba, arrasta.
A derradeira inocência e a derradeira timidez. Está dito. Não
entregar ao mundo meus desgostos e minhas traições.
Vamos! A marcha, o fardo, o deserto, o tédio e a cólera.
A quem me alugar? Que besta é preciso adorar? Que santa imagem
atacar? Que corações destruirei? Que mentira devo sustentar? Sobre
que sangue caminhar?
Mas, é melhor evitar a justiça. – A vida dura, o simples
embrutecimento, - levantar, o punho seco, a tampa do caixão, sentar-se,
afogar. Assim desaparecem a velhice e os perigos: o terror não é
francês.
Ah! Sinto-me tão abandonado que estou oferecendo a qualquer
divina imagem – impulsos para a perfeição.
Ó minha abnegação, ó maravilhosa caridade! aqui em baixo,
embora!
De profundis, Domine, que estúpido sou!

Veja bem, um menino que abandona os Campos Elíseos, no interior da França, promove tal revolução lingüística, deixando para trás o formalismo com que a poesia era tratada, escreve somente duas obras aos dezoito anos de idade – Uma temporada no inferno e Iluminações – depois se torna mercador de escravos e traficante de armas em África setentrional e desponta na literatura mudando os caminhos da história, não poderia passar em vão pelos meus curiosos e atentos olhos.
Muito me aprazem os autores franceses, por seu despudor literário e espírito indutivo. Com Charles Baudelaire, tive a chance de enriquecer minha vivencia literária com Paraísos artificiais e Flores do mal.
Porém, William Blake em seus Provérbios do Inferno me seduziu para sempre.
Voltando para a América, há autores que viveram no período entre a geração perdida e a geração beat que merecem destaque, pois influenciaram jovens escritores e também a mim. John Fante com seu masterpiece Pergunte ao pó, o pó das estantes das bibliotecas, o pó da estrada, o pó da história. Nesse livro ele aconselha como sujeito oculto da narrativa, o seu personagem Arturo Bandini, também jovem escritor, a como viver a vida. Espere a primavera Bandini e 1934 foi um ano ruim, é leitura imperiosa que dispensa comentários.
Charles Bukowski é também de uma sensibilidade incrível, ao contrario do que todos pensam. Em seu Crônica de um amor louco ele demonstra altíssimo nível de compreensão da vida.
Isso desfez o mito criado em Notas de um velho safado e Mocking bird wish me lucky.
Passado esse período de entressafra surgem os autores que viriam a ser chamados Beat.
Jack Kerouac e Allen Ginsberg são para mim o eixo principal do movimento e construto cultural da geração beat. Gosto em particular do livro Sonhos de Jack Kerouac. Há autores que não posso deixar de citar como William Burroughs com seus memoráveis Naked lunch e Junk.
Neal Cassidy integra o movimento com sua única obra O primeiro Terço, onde relata as aventuras vividas ao lado do pai, um trabalhador da indústria ferroviária no estado do Colorado, serpenteando pelas paisagens da América agreste e freqüentando bares e puteiros de beira de estrada. Foi incentivado por Burroughs e Ginsberg a escrever tais relatos. Ele era apenas um menino quando vivenciou tudo isso...
Tendo visto que até então, fiz vasta explanação sobre autores estrangeiros dos quais sofri influência direta, venho ao Brasil dizer sobre aqueles que me seduzem em nossa própria língua.
Oswald de Andrade foi o primeiro autor brasileiro que me encantou profundamente. Seu estilo caótico, bem ao tom dos antropófagos me fez viajar por paisagens inóspitas que jamais esquecerei. Em Memórias sentimentais de João Miramar, fiquei perplexo com a liberdade com que Oswald caminha pelo estilo teatral e faz com que a poesia siga plena de uma nova acepção. Transforma as falas em solilóquios que interligados compõem um romance não linear. Estrela do Absinto também me seduziu ao primeiro contato.
Cabe dizer que o estilo futurista de Oswald se deve, creio eu, ao fato dele haver passado uma temporada na Europa, onde, visto de fora, pode perceber o quanto somos uma nação-criança.
Já na minha geração eu gostaria de lembrar autores como Paulo Leminski, na poesia e Ana Cristina Cesar, que, com seu estilo auto-confessional permeia meus escritos até hoje.
À teus pés, de Ana Cristina Cesar, é um livro para se ler de joelhos.
Mas, somo posso esquecer-me de livros como Demian de Hermann Hesse Cartas a um jovem poeta de Rainer Maria Rilke?
São demasiadas referências para uma pergunta só.
E peço desculpas de antemão por haver-me alongado na resposta. 

para Tina

Querida Tina,                                                        


Hoje sinto tanta saudade.                                    Flerta o abismo
in-fi-ni- to
Quero muito falar para você.                             Em que meu traço flerta
Glória às nossas lutas inglórias.                        Nessa subida em que meu...
Elas vão nos redimir do pecado.                     Já não atento ao fato de ser ao Eu
A vida foi para mim uma descida.                 Compensa ir ao alto crer no que vê
Assim como se faz a tensão da ida.            Uma subida de Sísifu arrependido é...
Não há volta quando se vai ao fundo...  Os ventos levaram meu prelúdio raro... 

Som Imaginário - Matança do Porco (1973)

autohide

Grileiro grilado

Espero que o tempo me ajude a melhorar.
O tempo cura tudo.
Espero que não seja curta temporada.
Gosto de estar vivo.
Mas não consigo mais me relacionar com os ETs.
Acho que me dei por vencido.
O efeito da droga a me atordoar.
Eu sou a culpa e o risco.
Quando tarde demais pra perceber isso, a noite vem anunciar:
“o dia de amanhã é um dia sem
passado.”
Quis muito me esquecer disso.
Milhões de moléculas de poeira pelo ar...
na catacumba do vampiro.
meu sangue corre depressa, meu coração vai disparar!
Preciso acabar com esse texto.
Confesso o que há pra confessar



e me arrependo.



A chuva chegou
Um dia pra aprender com meus erros...
e já me perdoei por isso gostava quando me chamava de neno


troquei a aliança de 
casamento de
minha  mãe por uma dose de veneno

sem dualismo

bem e mal são forma contrárias
que necessitam uma da outra fundamentalmente
se repetem em todas as coisas desafiando as leis da fisicalidade e da metafísica
se repelem e se atraem mutuamente
dissipam-se em diferentes intensidades
mas se reconectam ao Todo
pois,
"quando parte do Todo se ilumina o Todo se ilumina em si"
essa é minha "ótica" sobre a vida e sobre a vida-além da vida, morte-vida, sem dualismo.

somos eternos...







Cala a boca menino

ienhenhenhe

Faz três noites que eu não durmo
eu pensei que eu era um menino bão
eu pulei da escalada, eu te vi no beco
eu saltei de banda, tô aqui de novo.
eu meto fita, eu rodo a navalha,
e tenho as manha do coreldraw
eu sigo, nem ligo
se é madrugada, se faz sol
eu só, eu mesmo, eu mesmo só
sem rima.

comecei a transcrever o caderninho...


Notas de um usuário

Belo Horizonte, 05 de maio de 2013.
Olá, minha gente, já nem lembrava que tinha esse caderninho. Volto a querer viver. Volto de um lugar que foge ao entendimento tátil da existência, volto de uma longa viagem. Volto de onde fisicamente nunca saí.

14 de maio de 2013.
Ainda sigo dentro de mim.

16 de maio de 2013
Hoje escrevi mais um texto para Deus. Uma carta. Sempre não digo tudo que quero. Mas sigo  seguindo as normas da ABNT.O dia já vai clarear e talvez essa seja a fase mais difícil da minha vida. É desumano, mano, viver assim. Fumando óleo de bateria de moto. Mas eu vou conseguir, eu vou conseguir. Sino que sou um traidor de todas as leis naturais do planeta. Mas como não ser? Estou refém, estou adicto, estou escravo, estou aqui. Tentando acalmar o desespero de meus pais que são aqueles que estão mais p de mim, além de mim mesmo. E que me amam. Mas o poder desse barbitúrico, von Bayer, é fuderoso. Mata ou cura. Estou intoxicado. Aqui nesse caderno posso falar a verdade do quanto tenho sido desregrado. Sinais deixaram de ser meros indicativos. Indícios depõem contra mim e me deflagram. (...)  

afinal, quem inventou os tablets?

A merda de Eisenstein

25 de outubro de 2013
Durante um ano, cada dia vou escrever uma poesia.
E o resto é resto, por ora enfim.
O resto é aquilo soçobrou de mim.
tentado a liquidar a displasia
morre lá dor de facas!
não faz assim
e o tra-du-tor dizia,
pedra, côco
e botequim

Ai de mim












Preciso parar um pouco de embriagar a condessa Kozeta fugitiva da Albânia que não pode ser vista nos jornais locais de Boston, mas gosta de se mostrar no meu singelo blog, com meu inglês esfarrapado e vagabundo e falar como um rei. Édipo rei. Morto matado. Toda mulher gosta de se mostrar, mas deixa um lado íntimo guardado. Esse lado íntimo é um segredo demoníaco que leva ao outro lado da vida. Deixa ela falando sozinha um pouco. Esse blog nem é muito bem frequentado, nem tanto nem muito. Acendo um cigarro. O cansaço invadiu meu corpo. Meu caso foi dado como encerrado. Culpado!, disse o diabo. Mas ei de pedir revisão do processo a Deus. Tenho bons contatos, e o diabo mente. Eu podia dizer antas coisas que nem ligo, mas
pensei ontem que tenho o resto da vida pra escrever essas notas... 

oi! deseja evocar esse xamã?

Essaandança parece uma evocação caótica, como um feiticeiro sonhado em algum leito loquaz, profere dicções xamãnicas que só ele é capaz, ao sinal de signos linguais que invocam seus ancestrais adormecidos a tomarem parte de sua obra. Agora o feiticeiro sou eu

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O andarilho

lugares visitados pelo irmão empoleirado - mar adriático


Single-legs

Single-legs.
O um dia teima em ser feliz. E será.
Alegria de criança feliz na hora de crescer. E o que se faz com quatro cigarros e uma madrugada?
Adormecer.
E quando cada qual enquanto cada, e quando encanto já se não se - mais nada.
A cada rima sedentária assoalha a vaia, gaia na migalha
amor-daçada. 




Tons

cartas

Nem pilhéria nem paradoxo. A razão me inspira mais certezas sobre o tema do que, de raiva, poderia um dia ter um Jeune-France. De resto, os novos são livres para execrar seus antecessores: estamos em casa e temos tempo.
O romantismo jamais foi bem julgado. Quem o teria julgado? os críticos!! Os românticos? que provam tão bem que a canção poucas vezes tem a ver com a obra, isto é, com o pensamento cantado e compreendido pelo cantor?



Pois EU é outro. Se o cobre desperta clarim, não é por sua culpa. Isso me é evidente: assisto à eclosão de meu pensamento; contemplo-o; escuto-o; faço um movimento com o arco: a sinfonia faz seu movimento no abismo, ou de um salto surge na cena.
Se os velhos imbecis não houvessem encontrado do Eu apenas a significação falsa, não teríamos que varrer estes milhões de esqueletos, que há um tempo infinito, acumularam os produtos de sua inteligência caolha, proclamando-se autores!


Na Grécia, eu disse, versos e liras ritmam a Ação. Depois, música e rimas são jogos, passatempos. O estudo desse passado encanta os curiosos: muitos se divertem renovando essas antiguidades: – isso é feito para eles. A inteligência universal sempre lançou suas ideias naturalmente; os homens reuniam uma parte desses frutos do cérebro: agia-se por eles, escreviam-se livros: essa era a marcha, uma vez que o homem não trabalhava a si mesmo, não havia ainda despertado, não estava ainda na plenitude do grande sonho. Funcionários, escritores: autor, criador, poeta, esse homem nunca existiu!



O primeiro estudo do homem que quer ser poeta é seu próprio conhecimento, completo; ele busca sua alma, investiga-a, tenta-a, aprende-a. Assim que a conhece, deve cultivá-la; isso parece simples: em qualquer cérebro se realiza um desenvolvimento natural; tantos egoístas se proclamam autores; e há outros que atribuem a si mesmos seu próprio progresso intelectual! – Mas trata-se de tornar a alma monstruosa: à maneira dos comprachicos, ora! Imaginem um homem implantando e cultivando verrugas em seu próprio rosto.



Digo que é preciso ser vidente, fazer-se vidente.


O poeta se faz vidente por meio de um longo, imenso e estudado desregramento de todos os sentidos. Todas as formas de amor, de sofrimento, de loucura; ele busca por si mesmo, esgota em si todos os venenos, para guardar apenas suas quintessências. Inefável tortura em que ele precisa de toda a fé, de toda a força sobre-humana; em que ele se torna entre todos, o grande doente, o grande criminoso, o grande maldito, – e o supremo Sábio! – Pois ele chega ao desconhecido! Já que cultivou sua alma, já rica, mais que qualquer outro! Ele chega ao desconhecido; e quando, enlouquecido, acabar perdendo a inteligência de suas visões, ele as viu! Que exploda em seu salto por entre as coisas inauditas e inomináveis: outros horríveis trabalhadores virão, e começarão pelos horizontes em que o outro se perdeu!

Chico Science & Nação Zumbi - Da Lama ao Caos

6.


Passo a passo, fui descobrindo que até o presente, em toda grande filosofia se encontram enxertadas não apenas a confissão espiritual, mas suas sutis "memórias", tanto se assim o desejou seu autor quanto se não se apercebeu disso. Mesmo assim, observei que em toda filosofia as intenções morais (ou imorais) constituem a semente donde nasce a planta completa. Com efeito, se queremos explicar como nasceram realmente as afirmações metafísicas mais transcendentes de certos filósofos, seria conveniente perguntar-nos antes de tudo: A que moral quer conduzir-nos? A resposta, a meu ver, é que não se pode crer na existência de um "instinto do conhecimento", que seria o pai da filosofia. Pelo contrário, acredito que outro instinto tenha se servido do conhecimento (ou do desconhecimento) como instrumento, porém se examinássemos os instintos fundamentais, no homem, no intento de saber até que ponto os filósofos puderam divertir-se em seu papel de gênios inspiradores (de daimons ou de duendes), veríamos que todos fizeram filosofia um dia ou outro, e que cada um deles considera sua filosofia como fim único da existência, como dona legítima dos demais instintos. Pois não é menos certo que todo instinto quisesse chegar ao predomínio e, enquanto tal, aspira a filosofar. Pode, entretanto, acontecer doutro modo, inclusive "melhor" se desejar entre os sábios, entre os espíritos verdadeiramente científicos, porque, penso, talvez haja neles algo parecido ao instinto do conhecimento, algo parecido a uma pequena peça de relojoaria independente e, bem montada. cumpra sua tarefa sem que os demais instintos do sábio participem dela de modo essencial. De acordo com o que vemos e pensamos, os verdadeiros "interesses" do sábio se encontram geralmente noutra parte: por exemplo, na política, na sua família, no seu meio de subsistência. Daí torna-se inclusive indiferente que o sábio aplique seu pequeno mecanismo a um determinado problema científico, e pouco importa que o sábio do "porvir" (jovem sábio) se converta num bom filósofo, num bom conhecedor de cogumelos ou num bom químico. No filósofo, nada há que possa ser considerado impessoal. Quanto à sua moral, oferece particular e muito especialmente um testemunho claro e decisivo do que é, quer dizer, da hierarquia que seque nele os instintos mais íntimos de sua natureza.

5.


O que nos incita a olhar todos os filósofos de uma só vez, com desconfiança e troça, não é porque percebemos quão inocentes são, nem com que facilidade se enganam repetidamente. Em outras palavras, não é frívolo nem infantil indicar a falta de sinceridade com que elevam um coro unânime de virtuosos e lastimosos protestos quando se toca, ainda que superficialmente, o problema de sua sinceridade. Reagem com uma atitude de conquista de suas opiniões através do exercício espontâneo de uma dialética pura, fria e impassível, quando a realidade demonstra que a maioria das vezes apenas se trata de uma afirmação arbitrária, de um capricho, de uma intuição ou de um desejo íntimo e abstrato que defendem com razões rebuscadas durante muito tempo e, de certo modo, bastante empíricas. Ainda que o neguem, são advogados e freqüentemente astutos defensores de seus preconceitos, que eles chamam "verdades". E, ainda que não o creiam, estão muito longe de possuir o heroísmo próprio da consciência que se confessa a si mesma sua mentira, isto é, muito longe do valor que se deseja ouvir, seja para advertir um amigo ou para colocar em guarda o inimigo ou para burlar a si mesmo. A hipocrisia rígida e virtuosa com que o velho Kant nos leva por todas as veredas de sua dialética para nos induzir a aceitar seu imperativo categórico, é um espetáculo que nos faz sentir o imenso prazer de descobrir as pequenas e maliciosas sutilezas dos velhos moralistas e dos pregadores. Somemos a tudo isso o malabarismo, pretensamente matemático, com que Spinoza termina por escudar e mascarar sua filosofia, tratando de intimidar assim, desde o princípio, a audácia do assaltante que se atreve a pôr os olhos numa virgem invencível: Palas Atenéia. Como se pode ver através de tão pequeno broquel e inútil máscara, a timidez e a vulnerabilidade de um ente doente e solitário.

4.


A falsidade de um juízo não pode constituir, em nossa opinião, uma objeção contra esse juízo. Esta poderia ser uma das afirmativas mais surpreendentes de nossa linguagem. A questão é saber em que medida este juízo serve para conservar a espécie, para acelerar, enriquecer e manter a vida. Por princípio estamos dispostos a sustentar que os juízos mais falsos (e entre estes os "juízos sintéticos a priori") são para nós mais indispensáveis, que o homem não poderia viver sem as ficções da lógica, sem relacionar a realidade com a medida do mundo puramente imaginário do incondicionado e sem falsear constantemente o mundo através do número; renunciar aos juízos falsos equivaleria a renunciar à vida, a renegar à vida. Admitir que o não-verdadeiro é a condição da vida, é opor-se audazmente ao sentimento que se tem habitualmente dos valores. Uma filosofia que se permita tal intrepidez se coloca, apenas por este fato, além do bem e do mal.

3.


Terminei por acreditar que a maior parte do pensamento consciente deve incluir-se entre as atividades instintivas sem se excetuar a pensamento filosófico. Cheguei a essa ideia depois de examinar detidamente o pensamento dos filósofos e de ler as suas entrelinhas. Ante esta perspectiva será necessário revisar nossos juízos a esse respeito, como já o fizemos a respeito da hereditariedade e as chamadas qualidades 'inatas'. Assim como o ato do nascimento tem pouca importância relativamente ao processo hereditário, assim também o "consciente" não se opõe nunca de modo decisivo ao instintivo. A maior parte do pensamento consciente de um filósofo está governada por seus instintos e forçosamente conduzido por vias definidas. Atrás de toda lógica e da aparente liberdade de seus movimentos, há valorações, ou melhor, exigências fisiológicas impostas pela necessidade de manter um determinado gênero de vida. Daí a idéia, por exemplo, de que tem mais valor o determinado que o indeterminado, a aparência menos valor que a "verdade". Apesar da importância normativa que tem para nós, tais juízes poderiam ser apenas superficiais, uma espécie de tolice, necessária para a conservação de seres como nós. Naturalmente, aceitando que o homem não seja, precisamente, a "medida das coisas"...

My blind \ o / vômeo

a certa altura de Breakdowns você cita o artista Rodolphe Topffer

certa altura de "Breakdowns", você cita o artista Rodolphe Topffer, sobre a ideia de que cartunistas "desenham mal, mas têm certo talento para escrita" ou "escrevem de forma medíocre, mas têm belo estilo de desenho". Aqui no Brasil, é comum cartunistas reclamarem da comparação de HQ com literatura. Como o sr. se sente em relação a isso?

sem chaves e muitas portas
Ls que se perdem e dez corredores
mil ais e muitas dores

hai-kais axavasalores krenac
guaraná saiouní
matshuô bashô
de la vie
ça va

end.

Faça o nó certo, marujo!
Cuidado com os cristais

reme, remem, remem,
nunca  chegaremos lá

me emocionou quando se mesmo velho disse
“incrível [pausa dramática. O tempo nuca interessa ou tem valor preciso a se dispõe de boa parte dele. sempre que se é dono, escravo. Quando independe a hora contada pelos homens, o ser, o espécime, o individuo em esperado, a criatura, é separada das “ordens do tempo”  perdida no tempo perdido, livre de agarras. Quando ela se desprende por acidente desse laço fundamental que a recolhe a sobrevivência, a sutil amalgama que lhe atrela ao corpo é a fome. Fome é também é mais um signo que recebeu éne significados. Fome só disso quando quero dizer o contrário. Some o caralho! Sede. Sede de tudo. Sê-de! Desalmadamente!

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Indagar-se sobre os conceitos na obra de Mikhail Bakhtin é sempre um provocação, pois sabe-se que aí está tudo em movimento imutável e não há terreno sólido para as construções formais. Mesmo porque, se há alguma coisa que caracterize o seu pensamento, essa alguma coisa é uma adesão inconteste à filosofia do movimento.

Nada é, em sua obra, definitivo, nada está estabelecido permanentemente, tudo oscila com as alterações do quadro histórico, em que as ações humanas se desenrolam.
É um terreno minado, pelas muitas doutrinas e filosofias que dele se ocuparam. O diálogo de tantas vozes discordantes poderá surgir... O entendimento desse fenômeno que é absolutamente um tanto central na vida social, como na nossa existência pessoal, a língua. As palavras são signos muito importantes.
Talvez, uma primeira aproximação possa ser feita pela comparação do seu pensamento com o de Ferdinand de Saussure, fundador da linguística tradicional. Este, ao aproximar-se do fenômeno da linguagem, assim se expressa:




Mas, o que é a língua? Para nós ela não se confunde com a linguagem, ela é apenas uma parte dela, essencial, é verdade. É, ao mesmo tempo, um produto social da faculdade da linguagem e um conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo social para possibilitar o exercício de tal faculdade pelos indivíduos. Considerada em sua totalidade, a linguagem é multiforme e heteróclita; cavalgando sobre diferentes domínios, ao mesmo tempo físico, fisiológico e psíquico, ela pertence ainda ao domínio individual e ao domínio social; ela não se deixa classificar em nenhuma categoria dos fatos humanos, e é por isso que não sabemos como determinar sua unidade.
A língua, ao contrário, é um todo em si mesmo e um princípio de classificação. Uma vez que nos lhe atribuímos o primeiro lugar entre os fatos da linguagem, introduzimos uma ordem natural num conjunto que não se presta a nenhuma outra classificação.
O linguista genebrino faz um movimento epistemológico, no mínimo curioso. Primeiro admite que a linguagem seja diferente da língua, que ele define como o objeto de estudo da linguística.

A língua é uma parte apenas da linguagem que ele admite ser muito mais ampla que a primeira. Logo, a linguística não tem como objeto de estudo a linguagem humana, mas uma parte dela.
A andar pelo caminho quase sem sonho perdido por estar livre.


Johnny Cash

ruptura dispéptica





ruptura dispéptica


Observo, enxergo, sigo em frente. Hoje me envolvo mais, portanto sigo. Quero desconhecer quem eu conheço. Quero esquecer, anônimo, invisível. Quero começar mais uma vez. Equilibrar a linha do horizonte. Sentei pra descansar como se fosse príncipe, e flutuei no ar como se fosse um pássaro. Chorei e solucei como se fosse a vítima-alvo dessa armadilha inescapável. Nunca mais quis ver essa gente por perto, embriagado de conversas tolas e olhares de soslaio. Ela rabisca cores que pairam na brisa e flutuam no ar. Os rabiscos além do papel fogem desses ares viciados. Não interessa quem viveu quem morreu. Sem mentiras nem meias verdades. O presente que desejo merece uma Ode. Minhas veias estão saturadas dessa tristeza velha. Fábula de amor te quero. Silvestre e pagão, ao mágico sabor do opiário. Uma borboleta caleidoscópica derribou na janela convidada pelo sal da existência. 

sintaticamente falando





Chega daqui, vou-me nessa. Saio de casa sem rumo.
O mote talvez seja esse cancioneiro francês que, ao fundo, canta um lamento confuso e minguado.
Em casa não consigo mais. Casulo, covil, útero.
Então saio pra a rua e ando pelos becos do mercado a procurar um bom dicionário de rimas, quando eu precisava mesmo era de um editor.
Vejo as pessoas e caminho.
Parábola. Parágrafo. Preâmbulo.
Perambulo.
Vejo as pessoas e todas parecem ter um rumo certo e um destino incerto. Vou flanando, pairando pelo ar como se não tivesse pernas. Como se eu fossem meus olhos. Como se pusesse comer cada cor, cada movimento.
Fico na varanda, último refúgio tridimensional.
Palavras valem a pena, deslizando espontaneamente. Eu me pergunto se deve haver um começo-meio-e-fim, como numa partida de xadrez, nas covas de Guadix, preciso andar impreciso, é dia, logo começam o jantar. Sarava!
devo entardecer?
minha cave me chama. Curupira voltará sem deixar rastros.
meus olhos queimam. Proibido-me de sair à noite por conta das feras.
não vou me prender ao contexto pra remendar o que está fragmentado. Hoje é domingo. ruídos, sons, ecos e pigarro. Impossível descrever a nota do piano do meu pentagrama. indecifrável.
dialética do pensamento débil, inábil calo. Enquanto dentro de mim sentimentos eclodem organicamente como crianças em uma colônia de férias. Uma colônia de bac-feras.
Acho que sou o próprio verme.
um Bakhtin biomorfose

sintaticamente falando