ruptura dispéptica
Observo, enxergo, sigo em frente. Hoje me envolvo
mais, portanto sigo. Quero desconhecer quem eu conheço. Quero esquecer, anônimo,
invisível. Quero começar mais uma vez. Equilibrar a linha do horizonte. Sentei
pra descansar como se fosse príncipe, e flutuei no ar como se fosse um pássaro.
Chorei e solucei como se fosse a vítima-alvo dessa armadilha inescapável. Nunca
mais quis ver essa gente por perto, embriagado de conversas tolas e olhares de
soslaio. Ela rabisca cores que pairam na brisa e flutuam no ar. Os rabiscos
além do papel fogem desses ares viciados. Não interessa quem viveu quem morreu.
Sem mentiras nem meias verdades. O presente que desejo merece uma Ode. Minhas
veias estão saturadas dessa tristeza velha. Fábula de amor te quero. Silvestre
e pagão, ao mágico sabor do opiário. Uma borboleta caleidoscópica derribou na
janela convidada pelo sal da existência.
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