A cidade meio nula meio morta

  1. A cidade meio nula meio morta que açorda, quando o céu enrubesce e me faz entristecer. Creio com toda força que todos esses anos pensando no sentido disso, desde que mudamos ainda não há conclusão nenhuma. Moro em um prédio inacabado que um dia quis ser uma escola, foi uma escola, escola da vida, erguido para abrigar amores e dramas. Ora, se não há uma dose de loucura em tudo isso. O meio-andar, a disposição aleatória das paredes... Não ouso chamar esse teto que me abriga nas noites de verão, pelo epíteto de teto, melhor “cela” seria sê-lo. O pé-direito alto evoca ares de ateliê ou de hospício. Aqui sou sombra que sobrou de mim. Luz & sombra noi
    tes adentros.

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