afinal, quem inventou os tablets?

A merda de Eisenstein

25 de outubro de 2013
Durante um ano, cada dia vou escrever uma poesia.
E o resto é resto, por ora enfim.
O resto é aquilo soçobrou de mim.
tentado a liquidar a displasia
morre lá dor de facas!
não faz assim
e o tra-du-tor dizia,
pedra, côco
e botequim

Ai de mim












Preciso parar um pouco de embriagar a condessa Kozeta fugitiva da Albânia que não pode ser vista nos jornais locais de Boston, mas gosta de se mostrar no meu singelo blog, com meu inglês esfarrapado e vagabundo e falar como um rei. Édipo rei. Morto matado. Toda mulher gosta de se mostrar, mas deixa um lado íntimo guardado. Esse lado íntimo é um segredo demoníaco que leva ao outro lado da vida. Deixa ela falando sozinha um pouco. Esse blog nem é muito bem frequentado, nem tanto nem muito. Acendo um cigarro. O cansaço invadiu meu corpo. Meu caso foi dado como encerrado. Culpado!, disse o diabo. Mas ei de pedir revisão do processo a Deus. Tenho bons contatos, e o diabo mente. Eu podia dizer antas coisas que nem ligo, mas
pensei ontem que tenho o resto da vida pra escrever essas notas... 

oi! deseja evocar esse xamã?

Essaandança parece uma evocação caótica, como um feiticeiro sonhado em algum leito loquaz, profere dicções xamãnicas que só ele é capaz, ao sinal de signos linguais que invocam seus ancestrais adormecidos a tomarem parte de sua obra. Agora o feiticeiro sou eu

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O andarilho

cartas

Nem pilhéria nem paradoxo. A razão me inspira mais certezas sobre o tema do que, de raiva, poderia um dia ter um Jeune-France. De resto, os novos são livres para execrar seus antecessores: estamos em casa e temos tempo.
O romantismo jamais foi bem julgado. Quem o teria julgado? os críticos!! Os românticos? que provam tão bem que a canção poucas vezes tem a ver com a obra, isto é, com o pensamento cantado e compreendido pelo cantor?



Pois EU é outro. Se o cobre desperta clarim, não é por sua culpa. Isso me é evidente: assisto à eclosão de meu pensamento; contemplo-o; escuto-o; faço um movimento com o arco: a sinfonia faz seu movimento no abismo, ou de um salto surge na cena.
Se os velhos imbecis não houvessem encontrado do Eu apenas a significação falsa, não teríamos que varrer estes milhões de esqueletos, que há um tempo infinito, acumularam os produtos de sua inteligência caolha, proclamando-se autores!


Na Grécia, eu disse, versos e liras ritmam a Ação. Depois, música e rimas são jogos, passatempos. O estudo desse passado encanta os curiosos: muitos se divertem renovando essas antiguidades: – isso é feito para eles. A inteligência universal sempre lançou suas ideias naturalmente; os homens reuniam uma parte desses frutos do cérebro: agia-se por eles, escreviam-se livros: essa era a marcha, uma vez que o homem não trabalhava a si mesmo, não havia ainda despertado, não estava ainda na plenitude do grande sonho. Funcionários, escritores: autor, criador, poeta, esse homem nunca existiu!



O primeiro estudo do homem que quer ser poeta é seu próprio conhecimento, completo; ele busca sua alma, investiga-a, tenta-a, aprende-a. Assim que a conhece, deve cultivá-la; isso parece simples: em qualquer cérebro se realiza um desenvolvimento natural; tantos egoístas se proclamam autores; e há outros que atribuem a si mesmos seu próprio progresso intelectual! – Mas trata-se de tornar a alma monstruosa: à maneira dos comprachicos, ora! Imaginem um homem implantando e cultivando verrugas em seu próprio rosto.



Digo que é preciso ser vidente, fazer-se vidente.


O poeta se faz vidente por meio de um longo, imenso e estudado desregramento de todos os sentidos. Todas as formas de amor, de sofrimento, de loucura; ele busca por si mesmo, esgota em si todos os venenos, para guardar apenas suas quintessências. Inefável tortura em que ele precisa de toda a fé, de toda a força sobre-humana; em que ele se torna entre todos, o grande doente, o grande criminoso, o grande maldito, – e o supremo Sábio! – Pois ele chega ao desconhecido! Já que cultivou sua alma, já rica, mais que qualquer outro! Ele chega ao desconhecido; e quando, enlouquecido, acabar perdendo a inteligência de suas visões, ele as viu! Que exploda em seu salto por entre as coisas inauditas e inomináveis: outros horríveis trabalhadores virão, e começarão pelos horizontes em que o outro se perdeu!

Chico Science & Nação Zumbi - Da Lama ao Caos

6.


Passo a passo, fui descobrindo que até o presente, em toda grande filosofia se encontram enxertadas não apenas a confissão espiritual, mas suas sutis "memórias", tanto se assim o desejou seu autor quanto se não se apercebeu disso. Mesmo assim, observei que em toda filosofia as intenções morais (ou imorais) constituem a semente donde nasce a planta completa. Com efeito, se queremos explicar como nasceram realmente as afirmações metafísicas mais transcendentes de certos filósofos, seria conveniente perguntar-nos antes de tudo: A que moral quer conduzir-nos? A resposta, a meu ver, é que não se pode crer na existência de um "instinto do conhecimento", que seria o pai da filosofia. Pelo contrário, acredito que outro instinto tenha se servido do conhecimento (ou do desconhecimento) como instrumento, porém se examinássemos os instintos fundamentais, no homem, no intento de saber até que ponto os filósofos puderam divertir-se em seu papel de gênios inspiradores (de daimons ou de duendes), veríamos que todos fizeram filosofia um dia ou outro, e que cada um deles considera sua filosofia como fim único da existência, como dona legítima dos demais instintos. Pois não é menos certo que todo instinto quisesse chegar ao predomínio e, enquanto tal, aspira a filosofar. Pode, entretanto, acontecer doutro modo, inclusive "melhor" se desejar entre os sábios, entre os espíritos verdadeiramente científicos, porque, penso, talvez haja neles algo parecido ao instinto do conhecimento, algo parecido a uma pequena peça de relojoaria independente e, bem montada. cumpra sua tarefa sem que os demais instintos do sábio participem dela de modo essencial. De acordo com o que vemos e pensamos, os verdadeiros "interesses" do sábio se encontram geralmente noutra parte: por exemplo, na política, na sua família, no seu meio de subsistência. Daí torna-se inclusive indiferente que o sábio aplique seu pequeno mecanismo a um determinado problema científico, e pouco importa que o sábio do "porvir" (jovem sábio) se converta num bom filósofo, num bom conhecedor de cogumelos ou num bom químico. No filósofo, nada há que possa ser considerado impessoal. Quanto à sua moral, oferece particular e muito especialmente um testemunho claro e decisivo do que é, quer dizer, da hierarquia que seque nele os instintos mais íntimos de sua natureza.

5.


O que nos incita a olhar todos os filósofos de uma só vez, com desconfiança e troça, não é porque percebemos quão inocentes são, nem com que facilidade se enganam repetidamente. Em outras palavras, não é frívolo nem infantil indicar a falta de sinceridade com que elevam um coro unânime de virtuosos e lastimosos protestos quando se toca, ainda que superficialmente, o problema de sua sinceridade. Reagem com uma atitude de conquista de suas opiniões através do exercício espontâneo de uma dialética pura, fria e impassível, quando a realidade demonstra que a maioria das vezes apenas se trata de uma afirmação arbitrária, de um capricho, de uma intuição ou de um desejo íntimo e abstrato que defendem com razões rebuscadas durante muito tempo e, de certo modo, bastante empíricas. Ainda que o neguem, são advogados e freqüentemente astutos defensores de seus preconceitos, que eles chamam "verdades". E, ainda que não o creiam, estão muito longe de possuir o heroísmo próprio da consciência que se confessa a si mesma sua mentira, isto é, muito longe do valor que se deseja ouvir, seja para advertir um amigo ou para colocar em guarda o inimigo ou para burlar a si mesmo. A hipocrisia rígida e virtuosa com que o velho Kant nos leva por todas as veredas de sua dialética para nos induzir a aceitar seu imperativo categórico, é um espetáculo que nos faz sentir o imenso prazer de descobrir as pequenas e maliciosas sutilezas dos velhos moralistas e dos pregadores. Somemos a tudo isso o malabarismo, pretensamente matemático, com que Spinoza termina por escudar e mascarar sua filosofia, tratando de intimidar assim, desde o princípio, a audácia do assaltante que se atreve a pôr os olhos numa virgem invencível: Palas Atenéia. Como se pode ver através de tão pequeno broquel e inútil máscara, a timidez e a vulnerabilidade de um ente doente e solitário.

4.


A falsidade de um juízo não pode constituir, em nossa opinião, uma objeção contra esse juízo. Esta poderia ser uma das afirmativas mais surpreendentes de nossa linguagem. A questão é saber em que medida este juízo serve para conservar a espécie, para acelerar, enriquecer e manter a vida. Por princípio estamos dispostos a sustentar que os juízos mais falsos (e entre estes os "juízos sintéticos a priori") são para nós mais indispensáveis, que o homem não poderia viver sem as ficções da lógica, sem relacionar a realidade com a medida do mundo puramente imaginário do incondicionado e sem falsear constantemente o mundo através do número; renunciar aos juízos falsos equivaleria a renunciar à vida, a renegar à vida. Admitir que o não-verdadeiro é a condição da vida, é opor-se audazmente ao sentimento que se tem habitualmente dos valores. Uma filosofia que se permita tal intrepidez se coloca, apenas por este fato, além do bem e do mal.

3.


Terminei por acreditar que a maior parte do pensamento consciente deve incluir-se entre as atividades instintivas sem se excetuar a pensamento filosófico. Cheguei a essa ideia depois de examinar detidamente o pensamento dos filósofos e de ler as suas entrelinhas. Ante esta perspectiva será necessário revisar nossos juízos a esse respeito, como já o fizemos a respeito da hereditariedade e as chamadas qualidades 'inatas'. Assim como o ato do nascimento tem pouca importância relativamente ao processo hereditário, assim também o "consciente" não se opõe nunca de modo decisivo ao instintivo. A maior parte do pensamento consciente de um filósofo está governada por seus instintos e forçosamente conduzido por vias definidas. Atrás de toda lógica e da aparente liberdade de seus movimentos, há valorações, ou melhor, exigências fisiológicas impostas pela necessidade de manter um determinado gênero de vida. Daí a idéia, por exemplo, de que tem mais valor o determinado que o indeterminado, a aparência menos valor que a "verdade". Apesar da importância normativa que tem para nós, tais juízes poderiam ser apenas superficiais, uma espécie de tolice, necessária para a conservação de seres como nós. Naturalmente, aceitando que o homem não seja, precisamente, a "medida das coisas"...

My blind \ o / vômeo

a certa altura de Breakdowns você cita o artista Rodolphe Topffer

certa altura de "Breakdowns", você cita o artista Rodolphe Topffer, sobre a ideia de que cartunistas "desenham mal, mas têm certo talento para escrita" ou "escrevem de forma medíocre, mas têm belo estilo de desenho". Aqui no Brasil, é comum cartunistas reclamarem da comparação de HQ com literatura. Como o sr. se sente em relação a isso?

sem chaves e muitas portas
Ls que se perdem e dez corredores
mil ais e muitas dores

hai-kais axavasalores krenac
guaraná saiouní
matshuô bashô
de la vie
ça va

end.

Faça o nó certo, marujo!
Cuidado com os cristais

reme, remem, remem,
nunca  chegaremos lá

me emocionou quando se mesmo velho disse
“incrível [pausa dramática. O tempo nuca interessa ou tem valor preciso a se dispõe de boa parte dele. sempre que se é dono, escravo. Quando independe a hora contada pelos homens, o ser, o espécime, o individuo em esperado, a criatura, é separada das “ordens do tempo”  perdida no tempo perdido, livre de agarras. Quando ela se desprende por acidente desse laço fundamental que a recolhe a sobrevivência, a sutil amalgama que lhe atrela ao corpo é a fome. Fome é também é mais um signo que recebeu éne significados. Fome só disso quando quero dizer o contrário. Some o caralho! Sede. Sede de tudo. Sê-de! Desalmadamente!

desmedidamente!@askanything.com
deslinkadamente@inthebacksideyrad.com
pinhacoladamente@mytorridwind.com
naredecomcozerarquel@mypeiceofmind.com


Indagar-se sobre os conceitos na obra de Mikhail Bakhtin é sempre um provocação, pois sabe-se que aí está tudo em movimento imutável e não há terreno sólido para as construções formais. Mesmo porque, se há alguma coisa que caracterize o seu pensamento, essa alguma coisa é uma adesão inconteste à filosofia do movimento.

Nada é, em sua obra, definitivo, nada está estabelecido permanentemente, tudo oscila com as alterações do quadro histórico, em que as ações humanas se desenrolam.
É um terreno minado, pelas muitas doutrinas e filosofias que dele se ocuparam. O diálogo de tantas vozes discordantes poderá surgir... O entendimento desse fenômeno que é absolutamente um tanto central na vida social, como na nossa existência pessoal, a língua. As palavras são signos muito importantes.
Talvez, uma primeira aproximação possa ser feita pela comparação do seu pensamento com o de Ferdinand de Saussure, fundador da linguística tradicional. Este, ao aproximar-se do fenômeno da linguagem, assim se expressa:




Mas, o que é a língua? Para nós ela não se confunde com a linguagem, ela é apenas uma parte dela, essencial, é verdade. É, ao mesmo tempo, um produto social da faculdade da linguagem e um conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo social para possibilitar o exercício de tal faculdade pelos indivíduos. Considerada em sua totalidade, a linguagem é multiforme e heteróclita; cavalgando sobre diferentes domínios, ao mesmo tempo físico, fisiológico e psíquico, ela pertence ainda ao domínio individual e ao domínio social; ela não se deixa classificar em nenhuma categoria dos fatos humanos, e é por isso que não sabemos como determinar sua unidade.
A língua, ao contrário, é um todo em si mesmo e um princípio de classificação. Uma vez que nos lhe atribuímos o primeiro lugar entre os fatos da linguagem, introduzimos uma ordem natural num conjunto que não se presta a nenhuma outra classificação.
O linguista genebrino faz um movimento epistemológico, no mínimo curioso. Primeiro admite que a linguagem seja diferente da língua, que ele define como o objeto de estudo da linguística.

A língua é uma parte apenas da linguagem que ele admite ser muito mais ampla que a primeira. Logo, a linguística não tem como objeto de estudo a linguagem humana, mas uma parte dela.
A andar pelo caminho quase sem sonho perdido por estar livre.


Johnny Cash

ruptura dispéptica





ruptura dispéptica


Observo, enxergo, sigo em frente. Hoje me envolvo mais, portanto sigo. Quero desconhecer quem eu conheço. Quero esquecer, anônimo, invisível. Quero começar mais uma vez. Equilibrar a linha do horizonte. Sentei pra descansar como se fosse príncipe, e flutuei no ar como se fosse um pássaro. Chorei e solucei como se fosse a vítima-alvo dessa armadilha inescapável. Nunca mais quis ver essa gente por perto, embriagado de conversas tolas e olhares de soslaio. Ela rabisca cores que pairam na brisa e flutuam no ar. Os rabiscos além do papel fogem desses ares viciados. Não interessa quem viveu quem morreu. Sem mentiras nem meias verdades. O presente que desejo merece uma Ode. Minhas veias estão saturadas dessa tristeza velha. Fábula de amor te quero. Silvestre e pagão, ao mágico sabor do opiário. Uma borboleta caleidoscópica derribou na janela convidada pelo sal da existência. 

sintaticamente falando





Chega daqui, vou-me nessa. Saio de casa sem rumo.
O mote talvez seja esse cancioneiro francês que, ao fundo, canta um lamento confuso e minguado.
Em casa não consigo mais. Casulo, covil, útero.
Então saio pra a rua e ando pelos becos do mercado a procurar um bom dicionário de rimas, quando eu precisava mesmo era de um editor.
Vejo as pessoas e caminho.
Parábola. Parágrafo. Preâmbulo.
Perambulo.
Vejo as pessoas e todas parecem ter um rumo certo e um destino incerto. Vou flanando, pairando pelo ar como se não tivesse pernas. Como se eu fossem meus olhos. Como se pusesse comer cada cor, cada movimento.
Fico na varanda, último refúgio tridimensional.
Palavras valem a pena, deslizando espontaneamente. Eu me pergunto se deve haver um começo-meio-e-fim, como numa partida de xadrez, nas covas de Guadix, preciso andar impreciso, é dia, logo começam o jantar. Sarava!
devo entardecer?
minha cave me chama. Curupira voltará sem deixar rastros.
meus olhos queimam. Proibido-me de sair à noite por conta das feras.
não vou me prender ao contexto pra remendar o que está fragmentado. Hoje é domingo. ruídos, sons, ecos e pigarro. Impossível descrever a nota do piano do meu pentagrama. indecifrável.
dialética do pensamento débil, inábil calo. Enquanto dentro de mim sentimentos eclodem organicamente como crianças em uma colônia de férias. Uma colônia de bac-feras.
Acho que sou o próprio verme.
um Bakhtin biomorfose

sintaticamente falando



Alguns dias são mudos

Alguns dias são mudos. É tanto sol, tanta solidão. Esqueço de mim, refluxo de páginas lidas. Esse inverno será seco como eu. Volto ao início, dando círculos, até que chega a hora da linha divisória. Banido de uma vanguarda tardia. Nada subjetivo na madrugada busca prosa e poesia. A paciência é uma virtude, esperei demais essa virtude. Esperei até que resolvesse seus dilemas (o que nunca aconteceu) enquanto esperava que se resolvessem os meus. Vejo seus olhos sorrindo quando digo coisas que você quer ouvir. A primavera apenas começou. É um início desconhecido. É só mais um segredo.





Através do espelho. Diz quando chegará o momento oportuno? Aquele momento exato em que meus olhos vão redescobrir o mundo, e talvez mude minha apatia diante de tudo. O campeonato em África, meus dedos, minha barba, meus pensamentos. Quando me olho no espelho não sou mais o mesmo. Mesmo diante da vida, o mesmo menino enlaçado nos braços. Não mais me reconheço através desse outro que não vi nascer. Surgiu com o tempo. Assim como se esquece uma as chaves, repentinamente. Olho e não me vejo. 

AINDA DEGLUTINDO UM COMEÇO.



AINDA DEGLUTINDO UM COMEÇO.


Desaninhado, sentei bunda no quartinho onde me cabia inspiração àquela hora. Tentar ficar mimetizado ao máximo. Escondido, confuso como um ratinho. Calado, quietinho. Com medo de mim, medo de me incomodar. Tentando ser contido com as lágrimas de nostalgia, pensando no que jamais seria. Ausente aflito, compungido, atormentado, atribulado, descontrolado, entristecido, desolado, consternado, puto. 

A cidade meio nula meio morta

  1. A cidade meio nula meio morta que açorda, quando o céu enrubesce e me faz entristecer. Creio com toda força que todos esses anos pensando no sentido disso, desde que mudamos ainda não há conclusão nenhuma. Moro em um prédio inacabado que um dia quis ser uma escola, foi uma escola, escola da vida, erguido para abrigar amores e dramas. Ora, se não há uma dose de loucura em tudo isso. O meio-andar, a disposição aleatória das paredes... Não ouso chamar esse teto que me abriga nas noites de verão, pelo epíteto de teto, melhor “cela” seria sê-lo. O pé-direito alto evoca ares de ateliê ou de hospício. Aqui sou sombra que sobrou de mim. Luz & sombra noi
    tes adentros.

la maladresse

papagaio mudo: La maladresse: Sobre o poema Le retour d'Artaud, le Momo ............................................... de Antonin Artaud ............. Artaud “reivi...

"Ninguém alguma vez escreveu ou pintou, esculpiu, modelou, construiu ou inventou senão para sair do inferno."

Van Gogh, o Suicidado da Sociedade, Antonin Artaud


Lágrimas na chuva

passou... Danke shön DeuS de Panchacok



I can’t 

at the end
the sand castle 
that make up that 
moment in irk days

beard bond bum, ok
on busy baboon whack frames 
bee has no, waste ashes 
I’m fool in a deep busy

Peter Gast gets 
the slash substance  of

Full
Pei in ma brain

but its ok
I say
hey

Piece of lush disappear
Anxious, desperate at the end of your tether

tether
join
tie 

fix fasten with strap 
untie ma last zumzum que preste
untie 
join 
lie!

Lie faster
then I
Bo



Gourd 

who’s the fool now?
Ko

Know how
Head sick

alone and yellow
tow the brightness
of the glow
crisps ma face
would you rise? 
never mind...

Girl next door

Cry for me now

have something more so
to say
who’s the Home again? 


ain’t got no rain on the Skink                             atmosphere