Eu desejava ter pagado. Devo tanto. Tantas promessas não cumpridas, feitas em vão. Tentativas falhas, arremedos. Tantos círculos do triangulo invertido. Nenhuma Beatriz sentada aos pés da Virgem. Tantos bocados um tanto quanto. Quanta tropicada abaixo dos trópicos. Agradeço ao fim do fundo de mim, onde vento e volto claudicando. Havia várias pedras no meio do caminho. O mar é um signo de morte, eu sorrio. Tomei um bom banho. Escovei os dentes, sequei o cabelo. Encontrei no passeio um escapulário. Partido no meio com Jesus. Interpreto signos sinais do acaso. Sinto um vazio no self existencialmente, mas quem não sente e vai ver a novela? Acabei com tudo, com nada, dicotomicamente, dualismos, ambivalência, cismas, ismos, crismas e catequeses. O anjo que espera ordens de São João Batista que, na companhia de Deus, igualmente aguarda. Aguarda que não sejamos tão demasiadamente humanos, que não sintamos fome nem tesão, que não busquemos prazer em nosso pecado mais vil, e aceitemos a dor de um em mil, de dez em um milhão de anos. Que peçamos perdão pela apocalíptica orgia, que agradeçamos o pão, pai, nosso de cada dia. Que saibamos nos mundificar.

Infausto ignóbil

ave Maria cheia, nós que somos luteranos com as mãos cheias de graxa, aceitamos vosso perdão por sermos pecadores.
todo mar corre pro rio.
Ignorar sentença.

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